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ABVCAP NEWS | Fundos de Private Equity se rendem às startups Adicionado em 22/11/2021
 


A onda de empreendedorismo digital que tem transformado a cara da economia brasileira está dando origem a um novo fenômeno na indústria de Private Equity. Atraídos pelo crescimento exponencial das startups brasileiras, fundos que antes se voltavam para companhias mais maduras começaram a antecipar a entrada no ciclo de desenvolvimento das investidas e a brigar por fatias cada vez maiores das empresas em estágios iniciais. No último ano, gestoras como Warburg Pincus, Kinea, Vinci, Advent e Pátria têm reforçado suas apostas no mundo “tech”. É uma tendência que parece ter vindo para ficar. 

Philippe Schlumpf, hoje head da Kinea Ventures – fundo de Corporate Venture Capital do Itaú Unibanco, fazia parte do time de Private Equity do Kinea até o começo do ano passado, quando a tradicional gestora brasileira assumiu o novo mandato e passou a assinar cheques de R$ 10 a 50 milhões voltados para startups que já possuem produtos escaláveis. “Nesse novo universo, queremos participar seja como líder, colíder ou, até mesmo, como follower das rodadas de investimentos. Dentro do nosso mandato, hoje, olhamos principalmente para oportunidades que tenham afinidade com o ecossistema do banco, que possam gerar novos modelos de negócios ou ganhos de eficiência operacional e de produtividade”, diz. Desde a montagem do novo time, o Kinea Ventures investiu mais de R$ 60 milhões em startups como a Monkey Exchange, Paketá, que faz consignado privado, Tenchi Security, de cibersegurança, e Mola, um SaaS para correspondentes bancários.  “A pandemia potencializou muito o online, mas as empresas ainda não tiveram tempo de digitalizar 100% dos seus processos. Então ainda existe muito potencial para crescer com a transformação digital”
 
O potencial de crescimento das empresas de tecnologia brasileiras fez a gestora Vinci investir em empresas de tecnologia mais recentemente, entre elas está o banco digital Agibank. “Não temos mandato para fazer aportes menores que US$ 50 milhões, caso contrário pulverizamos demais o capital e precisamos começar aumentar nosso time para analisar e monitorar as empresas”, diz Carlos Eduardo Martins, sócio da Vinci. Segundo o executivo, o sucesso de empresas em estágio inicial ou transformação de seus modelos de negócio em acessar o mercado de capitais nos últimos anos mostrou que existe liquidez para saída do investimento, o que também colabora para a decisão de alocação em empresas embrionárias.  
 
No Kinea, a entrada no novo segmento levou à contratação de novas pessoas e criação de uma área específica. “O time de PE tem que estar aberto para olhar o mercado de uma forma geral, muito atento às inovações que surgem. Cada gestora tem o seu ‘tempero secreto’, misturando a equipe interna com experts do mercado, que tem o capital intelectual para auxiliar na tomada de decisão”, afirma Schlumpf. Já a Vinci preferiu não fazer ajustes no time de PE, mas teve que adaptar a gestão nas empresas em estágio inicial e alto crescimento. “Nosso modelo de gestão das empresas do portfólio teve que ser adaptado para conseguirmos acelerar os processos e ter mais eficiência interna. É um investimento que demanda características específicas, pois as métricas de mensuração de resultados são diferentes, pois estamos falando de algumas empresas que ainda nem sequer tem lucro ainda, tendo em vista que estão investindo recursos para crescer rapidamente”, diz Martins.  
 
Essa é uma tendência mundial. A Advent International, uma das mais tradicionais gestoras de private equity do mundo, com USD 81 bilhões sob gestão, criou há dois anos o primeiro fundo setorial da gestora - o Advent Tech.  O setor de tecnologia é um dos cinco setores chave históricos da Advent na América Latina e no mundo, mas desde o início do Advent Tech, a gestora tornou-se muito ativa também em transações growth equity, em adição aos investimentos tradicionais em buy-out. Nos últimos dois anos, a gestora se tornou sócia de CI&T, Nubank, Sophos, Ebanx e Merama na América Latina.  “Estamos mais interessados em sermos parceiros de grandes histórias de crescimento, a partir de rodadas series B, até estágios mais avançados, já que temos uma flexibilidade muito grande”, diz Brenno Raiko, sócio da Advent responsável pelo setor de tecnologia na América Latina.

Fonte: Abvcap News - Dezembro 2021


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