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Brasil é imã ‘muito atraente’ para o capital privado, diz Bill Ford, do General Atlantic Adicionado em 12/11/2020
 
Um mercado de investimentos amadurecido, cada vez mais digital e com amplo potencial de expansão faz do Brasil “um ímã muito atraente" para o capital privado, classifica Bill Ford, CEO do fundo global General Atlantic (GA). “Apesar de ser volátil em termos de moeda e política, o Brasil é um país que gerou um dos nossos melhores retornos”, afirmou, durante entrevista na ABVCAP Experience.

Desde 2007, quando o fundo entrou no país, houve investimento em 19 empresas e saída de 10. Atualmente, possui participação em companhias como Pague Menos, Quinto Andar e Acesso Digital. Em valores investidos, foram US$ 2,6 bilhões, com retornos de 40% em dólar e 60% em real. “Temos fortes argumentos para acreditar na indústria de Private Equity e Venture Capital no Brasil”, defende. 

Um dos fatores que reforça o otimismo de Ford com o país é a acelerada digitalização dos negócios. “O Brasil está fincando seu pé na economia digital, com bastante empreendedorismo e empresas surgindo puramente digitais”, diz. Entre os investimentos do GA no país, estão quatro empresas consideradas unicórnios, ou seja, avaliadas em US$ 1 bilhão antes de abrir capital. “Essa proliferação gera mais casos de sucesso.”

Para potencializar o amadurecimento do mercado brasileiro de investimentos, Ford sugere um maior intercâmbio entre universidades brasileiras de negócios com outras com projeção global, como Stanford, Havard e Insead. “Uma coisa que adoraria pedir a todos é fazer parcerias com as boas universidades no Brasil, ajudando a criar bons programas para atrair talentos e romper barreiras”, diz. 

Com presença em 14 países, incluindo o Brasil, o GA contabiliza US$ 40 bilhões sob administração e mais de 180 profissionais especializados em diversos setores. Ford entrou na empresa em 2001 e desde 2007, quando estreou no Brasil, atua como CEO. 

Desafios e alternativas 

A complexidade do sistema tributário brasileiro é um dos principais entraves a ser enfrentado, diz Ford, para estimular o fluxo de capital privado ao Brasil. “Há problemas com políticas que não permitem entrada e saída de capitais livres. O que sugiro ao governo são políticas mais parecidas com as adotadas no mercado internacional.”

Em um ambiente de globalização dos mercados de private equity e venture capital, Ford recomenda que os gestores não fiquem de braços cruzados à espera de respostas de políticos. Em vez disso, sugere que equipes locais tracem estratégias adaptadas à realidade de cada país. 

“Cada geografia tem sua peculiaridade. (…) Não há gestão de risco a partir do topo”, diz. “É preciso construir os investimentos com equipes e estratégias locais, que levem em conta a plataforma global de governança e inovação, e que usem isso a sua própria maneira”, reforça. 

Outra recomendação é incorporar nos negócios uma visão de longo prazo, sempre que um investidor entrar em um novo país ou região. “Em primeiro lugar, sempre que entramos numa nova região geográfica, entramos para ficar e estabelecemos um compromisso de longo prazo. Entramos no Brasil, México, Indonésia e China nas últimas duas décadas com a ideia de que ficaremos ali para sempre.”


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