KEYNOTE | MARTÍN
ESCOBARI
MARTÍN ESCOBARI - Co-President, Managing Director
and Head of General Atlantic, abriu o último dia do evento destacando que o Brasil
tem muito problema e que os investidores como ele buscam por empresários que
estão visando solucionar esses problemas. Segundo ele, o país é uma escola para
aprender sobre risco e a conviver com incertezas, além disso, a velocidade das
coisas aqui é 3 vezes mais rápida e a concorrência é 5 vezes maior do que no
restante do mundo. O executivo destacou que há muita incerteza jurídica no
mercado, com regras ambíguas, que aterrorizam alguns investidores – “nesse
quesito o Brasil ganha o prêmio de pior do mundo”, disse ele. Em contrapartida,
o executivo destacou que o Brasil é um dos únicos países do mundo em que há um
sistema colaborativo muito bom entre concorrentes, o que ajuda a desenvolver o
mercado.
PAINEL | SETOR EM FOCO: SAÚDE
Romeu Cortes Domingues, Presidente executivo do
Conselho de Administração da DASA, fez uma apresentação destacando a
importância da tecnologia no universo médico-hospitalar. Segundo o executivo,
foram criadas quase 1000 helth techs nos últimos 5 anos. André Calumby, Sócio
na área de societário e M&A no Lefosse Advogados, foi o moderador da
conversa sobre o mercado de saúde.
Priscila Rodrigues, Managing Partner da Crescera e
Conselheira da ABVCAP, contou um pouco sobre como a tecnologia de inteligência
artificial tem ajudado a gerir o estado clínico dos pacientes. Segundo
Priscila, “é possível diminuir a inflação médica utilizando a tecnologia para
fazer controle de processos, gastos e informação.
André Florence, Founder and CEO da Alice, disse que
depois de uma experiência frustrante como paciente decidiu fundar Alice, que
visa dar um atendimento primário de melhor qualidade, visando tornar o mundo
mais saudável. O executivo destacou que trata 85% dos casos online, além de
fazer um acompanhamento periódico com o paciente posteriormente.
Renato Velloso, CEO do Dr. Consulta, disse que o
uso da tecnologia tem ajudado a aumentar a capacidade de atendimento da
empresa. O executivo também destacou que uma das grandes lutas do mercado é o
engajamento do paciente, e pontuou que tem tido resultados por meio da troca de
informação simples com o paciente pós-consulta.
PAINEL 9 | SETOR EM FOCO: FINTECHS
Fabricio Fortuna, sócio-administrador do Cepeda
Advogados, foi o moderador da conversa sobre as Fintechs. Guilherme Horn,
Diretor de Estratégia e Inovação do Banco BV, abriu a conversa fazendo um
histórico da evolução das agências bancárias nos últimos 100 anos – Agências
físicas foram automatizadas e, mais recentemente, a digitalização vem acabando
com o número de desbancarizados. Segundo o executivo, as fintechs estão
atingindo um grau interessante de maturidade, com grande parte já atingindo
patamares muito interessantes para os Private Equities. Ele destacou que
estamos na fase do surgimento de novos serviços integrados e players Over the
top.
Marciano Testa, CEO e fundador do AGIBANK, disse
estar atento ao envelhecimento da população para entendermos como se dará a
relação desse público com o sistema bancário. Segundo ele, existe muita
oportunidade no Brasil, mas há muitas arbitragens e problemas que podem ser
solucionados com a tecnologia e a ajuda do governo.
Renato Ejnisman, CEO do Next, destacou que o
cliente digital hoje tem mais de 1 uma conta aberta, porém usa 1 delas como
principal. O executivo apontou que a briga agora vai ser pra conseguir ser a
conta principal desse cliente, atraindo-o com as melhores soluções e serviços.
PAINEL 10 | SETOR EM FOCO: AGRONEGÓCIO
Carlos Amato, vice-presidente do Itaú BBA,
apresentou pesquisa sobre o agronegócio, em que destacou que o Brasil é o
terceiro maior produtor de alimentos globalmente. Segundo ele, nos próximos
anos devemos ver muitas empresas do setor se profissionalizando e vindo a
mercado. Além disso, apontou as mudanças que as muitas empresas familiares têm
vivenciado, um processo de mudança da geração familiar – com mais educação,
tecnologia e customização, visando agregar valor. Pedro Garcia, Managing
Director no Itaú BBA e Co-Head do banco de investimentos no Brasil, foi o
moderador.
Sebastian Popik, Fundador e sócio-gerente da Aqua
Capital, apontou que as empresas estão chegando um pouco mais caras a mercado e
isso se deve a chegada da tecnologia no mercado, que o deixou mais homogêneo.
Ele destacou que a mudança climática vai impactar significativamente o mercado
nos próximos anos. Ele disse que o Brasil tem um complexo vira-lata e que, com
isso, torna-se difícil internacionalizar empresas agro brasileiras.
Francisco Jardim, Co-fundador e sócio-diretor da SP
Ventures, disse que o mercado agro vem se digitalizando rapidamente nos últimos
2 anos. Ele também destacou o Brasil como “a Arábia Saudita do carbono” e
apontou que, por isso, temos que fazer parte da solução. Boa parte do dinheiro
ESG está indo para outras economias e precisamos ser protagonistas. Segundo
ele, o país deveria estar liderando uma grande transformação planetária no
agro, pois tem potencial para isso.
Renato Ramalho, Fundador da KPTL, reforçou que ser
um “banco de carbono global” é uma imensa oportunidade. Ele apontou que o setor
tem muitas vantagens, sendo a principal o clima, que PROPORCIONA de 2-3 safras
por ano. Ele destacou que chegam até ele dezenas de oportunidades de
investimento diariamente e que o setor tem elevado os valuations com preços
premium logo de início.
PAINEL 11 | CENÁRIO POLÍTICO O QUE ESPERAR
DE 2022?
Murillo de Aragão, CEO e Chairman da Arko Advice,
encerrou o evento deste ano comentando sobre as eleições de 2022. O executivo
destacou que vivemos um ciclo de indefinições e indecisões. Segundo ele, ainda
existe um descompasso do que o mercado quer e o que o governo entrega e apontou
que o foco do governo é a reeleição, com isso, todo o resto deixa de ser
prioridade - inclusive o teto de gastos. Aragão apontou que o Brasil é muito
bom, mas que é pior do que poderia ser. Segundo ele, poderíamos estar e
uma situação melhor se tivéssemos um sistema de mais incentivo aos
investimentos.